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Câmbio: o que é e algumas das principais dúvidas sobre ele

Há alguns dias atrás, falamos sobre carteira de investimentos e hoje vamos falar sobre câmbio.

Esses dois conceitos estão ainda mais ligados na atualidade.

Tanto investidores individuais, quanto Fundos de Pensão, começam a olhar para o exterior em busca de oportunidades de diversificação de investimento.

Além disso, ter moedas estrangeiras na carteira (em particular o dólar) constitui um elemento de proteção em tempos de flutuações negativas no mercado. Uma espécie de seguro para amenizar o impacto das crises.

Não por acaso, também falamos sobre diversificação por aqui em um texto recente.

Portanto, entender o que é câmbio é fundamental para sua educação previdenciária e financeira.

Existem, claro, diversas maneiras dos gestores profissionais terem acesso aos resultados que o câmbio é capaz de gerar em uma carteira de investimentos.

E nossa compreensão sobre como isso funciona começa por entendermos de maneira mais detalhada o conceito de câmbio.

Boa leitura!

? Conhecimento da Semana

O que é Câmbio?

Câmbio significa, de maneira mais geral, troca. Esse termo é usado para expressar relações entre as moedas de diferentes países.

Uma operação de câmbio é uma operação de troca, de uma moeda por outra. Taxa de câmbio é a diferença de valores entre essas moedas. Agência de câmbio, corretora de câmbio ou casa de câmbio é a instituição financeira autorizada a fazer essas operações.

Exemplo de operação de câmbio

Quando um brasileiro viaja para os EUA, ele precisa trocar seus reais por dólares, que poderá utilizar no território americano para pagar suas despesas. Suponha que a taxa de câmbio do Real para Dólar está R$ 5,30. Isso significa que é possível comprar US$ 1,00 a cada R$ 5,30.

Então, é preciso ir a uma agência de câmbio para realizar essa operação, que também é chamada de “compra de dólares” (ou de outra moeda, conforme o caso). Na taxa indicada, o viajante pode trocar R$ 5.300,00 por US$ 1.000,00.

Depois da viagem, imagine que o turista retornou para o Brasil com US$ 100,00 que não usou. Então, ele realiza outra operação de câmbio, desta vez trocando os dólares por reais, ou seja, faz uma “compra de reais”. Suponha que, nesse período, a taxa de câmbio caiu para R$ 5,10. Por isso, o viajante só vai conseguir trocar US$ 100,00 por R$ 510,00.

Neste exemplo, entre a primeira operação de câmbio e a segunda, o indivíduo sofreu uma perda.

Principais operações de câmbio

As principais operações de câmbio são aquelas voltadas ao turismo, à importação e exportação, e às remessas pessoais.

Mas é claro que existem também aquelas relacionadas ao investimento de pessoas físicas e jurídicas, conforme mencionamos no início.

As operações de câmbio para turismo são, como visto no exemplo anterior, aquelas que visam trocar moeda local por moeda de outro país, com a finalidade de usar durante viagens. Essa troca só pode ser realizada em instituições autorizadas pelo Banco Central.

As operações de câmbio para importação e exportação visam possibilitar transações comerciais com outros países. É interessante notar que a taxa de câmbio do dólar é diferente para essas operações; por isso, falamos em dólar turismo e dólar comercial.

Já as remessas pessoais nada mais são do que envios de dinheiro de um país para o outro. Por exemplo, é comum que brasileiros trabalhando nos EUA enviem dinheiro para suas famílias aqui no Brasil.

Antes de enviar a remessa, a pessoa pode trocar a moeda do país de origem pela moeda do país de destino. Do contrário, quem recebe a remessa pode fazer o câmbio.

Câmbio como investimento

Como vimos, algumas pessoas físicas e jurídicas (Fundos de Pensão aqui incluídos) utilizam as operações de câmbio como parte de sua estratégia de investimento. Ou seja, elas trocam uma moeda por outra, acompanhando a variação das taxas de câmbio, para, então, obter lucro.

No exemplo do viajante, vimos que ele teve um prejuízo na troca de reais por dólares e, de novo, por reais. No entanto, um investidor experiente poderia ter um cenário bem diferente.

Suponha que um investidor está acompanhando as taxas de câmbio e percebe uma tendência de aumento no “preço” do dólar. Hoje, a taxa é de R$ 5,10. Então, ele troca R$ 5.100,00 por US$ 1.000,00. Porém, depois de um mês, a taxa sobe para R$ 5,50. Nesse momento, ele troca os US$ 1.000,00 por R$ 5.500,00, lucrando R$ 400,00.

Quem não quer operar diretamente com moeda ainda pode optar pela compra de cotas em fundos cambiais, embora, de modo geral, esse investimento seja mais indicado como uma forma de proteção contra flutuação de moedas.

Portanto, já está mais do que provado: entender o que é câmbio é fundamental para sua educação previdenciária e financeira.

Ficou com alguma dúvida sobre o conteúdo de hoje? Quer fazer um comentário? Escreva para nós: investimentos@mag.com.br.

? Giro Semanal pela Conjuntura*

  • As bolsas mundiais operam mistas nesta manhã, depois de um dia de baixa no mercado acionário norte-americano. As bolsas europeias dão o tom mais positivo do mercado, enquanto na Ásia as bolsas recuaram. Já os futuros de Wall Street estão sem direção definida, com os futuros do S&P 500 e do Dow Jones em alta, enquanto os do Nasdaq caem.
  • Ontem, os mercados tiveram um momento de mau humor nos Estados Unidos após um período de forte alta. Depois de 30 pregões sem cair 1%, o S&P 500 devolveu ontem 3,5%. Já o Nasdaq recuou 5,2%, com as principais empresas de tecnologia mostrando quedas nas ações.
  • Hoje, os futuros de Nova York indicam uma abertura mista dos mercados, enquanto os investidores aguardam dados sobre a folha de pagamentos nos Estados Unidos. Os futuros da Dow Jones ganham 0,55% e os do S&P 500 avançam 0,38%, enquanto os do Nasdaq caem 0,33%.
  • Na Europa, os bancos ajudam a levantar as bolsas. Os espanhóis Caixabank e Bankia anunciaram que estão negociando uma fusão para criar o maior banco da Espanha.
  • Na Ásia, o mercado fechou em queda depois da baixa vista nas empresas de tecnologia. No momento, o governo norte-americano está considerando banir mais aplicativos chineses que possam ameaçar a segurança nacional, segundo o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows.

*Em conjunto com dados e informações do nosso parceiro Infomoney

Antes dos dados de desempenho do mercado, temos um convite: quer acompanhar o Giro Semanal por uma perspectiva diferente – e em vídeo?

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Então acesse o link para o vídeo apresentado hoje, que fica gravado e disponível para você assistir clicando aqui.

Ou você pode acompanhar ainda pelo Instagram, Facebook e Telegram, onde o programa também fica gravado depois da live:

Agora veja o desempenho dos mercados hoje às 6h32, pelo horário de Brasília:

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,38%

*Nasdaq Futuro (EUA), -0,33%

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,55%

Europa

*Dax (Alemanha), +0,06%

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,40%

*CAC 40 (França), +0,58%

*FTSE MIB (Itália), +0,43%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), -1,11% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), -1,25% (fechado)

*Shanghai SE (China), -0,87% (fechado)

Petróleo e Bitcoin

*Petróleo WTI, +0,56%, a US$ 41,60 o barril

*Petróleo Brent, +0,48%, a US$ 44,28 o barril

*Bitcoin, US$ 10.476,86, -7,98

Até o próximo Resumo Semanal.

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