Bacen (Banco Central do Brasil): para que serve e dúvidas mais frequentes
Caro Participante,
O Bacen, sigla utilizada para se referir ao Banco Central do Brasil, tem grande importância para a economia do país.
Desde complexas decisões monetárias até a definição da taxa básica de juros, a Selic, tudo passa por esse órgão que integra a estrutura do governo federal.
Trata-se de uma autarquia que cumpre o papel de tomar medidas que impactam a economia brasileira como um todo e, é claro, as suas finanças.
Quer saber mais sobre o Bacen e entender por que você deve acompanhar as decisões da instituição? Então, siga com sua leitura e descubra!
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E não deixe de ver: no final, sempre que possível, fazemos um esforço para trazer analogias & metáforas que ajudam a resumir e a fixar melhor nosso Conhecimento da Semana!
Entender ainda melhor o funcionamento do Bacen é fundamental para sua educação previdenciária e financeira.
Boa leitura!
? Conhecimento da Semana
O Banco Central do Brasil, também conhecido pelas siglas Bacen ou BC, é uma autarquia federal originalmente vinculada ao Ministério da Fazenda e que, desde 2019, faz parte do Ministério da Economia.
O BC foi criado pela lei no. 4.595, de 31/12/1964. Antes disso, as atribuições do Bacen eram realizadas pela Sumoc (Superintendência da Moeda e do Crédito). Algumas delas, por outro lado, eram realizadas pelo Banco do Brasil.
Enquanto autarquia, possui autonomia para realizar diversas atividades e tomar importantes decisões sobre as políticas monetária, cambial, de crédito e de relações financeiras com o exterior.
Isto é, o Banco Central não precisa da autorização do Ministério da Economia ou de outros órgãos governamentais para atuar sobre as questões que estão legalmente sob a sua responsabilidade.
Assim, o Bacen serve para formular, executar, acompanhar e controlar medidas de impacto sobre a economia brasileira e sua relação com o mundo.
Sua importância é inegável, já que as deliberações do órgão repercutem nos juros da economia, na inflação e no poder de consumo da população.
A tomada de empréstimo, o financiamento bancário, a cotação de moedas estrangeiras no país e até seus investimentos são afetados pelas sinalizações que o Banco Central dá ao mercado.
Como funciona o Bacen
O Banco Central tem ampla estrutura, de forma que todos os setores da economia possam ser devidamente contemplados em suas deliberações.
A autarquia é comandada por uma diretoria composta por um presidente e por diretores em diferentes áreas.
Dessa forma, o órgão reúne profissionais em segmentos como:
- Política econômica
- Política monetária
- Relacionamento, cidadania e supervisão de conduta
- Assuntos internacionais e de gestão de riscos corporativos.
Periodicamente, o Bacen se reúne para importantes tomadas de decisão.
Uma das agendas mais conhecidas da autarquia é a do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa Selic Meta a cada 45 dias.
Dúvidas importantes sobre Bacen
A seguir, vamos abordar algumas das principais questões sobre o Banco Central.
Então, acompanhe e descubra as respostas às dúvidas mais comuns sobre a autarquia.
Quais as principais funções do Bacen?
A lista de atribuições do Bacen é extensa.
Para você ter melhor entendimento, comentamos abaixo as suas principais funções.
- É o principal agente financeiro do Brasil
- Recebe os depósitos do Tesouro Nacional
- Faz a gestão cambial do país em ouro e moeda estrangeira
- Supervisiona o Sistema Financeiro Nacional (SFN)
- Emite a moeda – no caso, o real
- Elabora e executa políticas monetárias e de câmbio
- Recebe os depósitos compulsórios dos demais bancos que atuam no Brasil
- Autoriza, supervisiona, fiscaliza e faz intervenção em instituições financeiras.
Qual o papel do Bacen?
A lista anteriormente citada dá boas pistas, mas vamos esclarecer.
O principal papel do Bacen é servir como “banco do governo”.
Ou seja, ele é responsável pelos depósitos do Tesouro Nacional e também emite a nossa moeda.
Além disso, é a autarquia que dá as diretrizes monetárias, cambiais e de crédito para toda a economia brasileira.
Bacen é autarquia, agência reguladora ou órgão normativo?
De acordo com a Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, o Banco Central é uma autarquia federal.
Sua função fiscalizadora sobre as instituições financeiras faz com que, de certa forma, o Bacen regule bancos e outras organizações que atuam no Brasil.
Órgãos normativos, no Sistema Financeiro Nacional, são Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
O Bacen integra o rol de participantes do CMN e, portanto, é classificado como entidade supervisora no SFN.
Analogias & metáforas: o computador que aciona a ‘impressora’ de dinheiro
A Casa da Moeda é uma estatal (empresa pública, da chamada administração indireta brasileira) que atua sob delegação do Bacen. Isto é, prestando serviços para o BC.
Com isso, o papel moeda em circulação no país é impresso por ela. Estima-se que a Casa da Moeda imprima mais de 1 bilhão de notas todos os anos apenas para substituir as notas velhas como essa que ilustra esse verbete.
Então, o BC está para a Casa da Moeda assim como o computador está para a impressora.
Na medida em que o governo – através do Bacen – não consegue manter o padrão de compra da moeda por causa da inflação gerada, notas cada vez maiores precisam ser fabricadas para atender à demanda. Até porque cada nota tem um custo de produção. Logo, produzir uma nota de R$ 200 é mais barato que produzir 200 notas de R$ 1. Fora a praticidade para circulação.
É por isso que uma nota maior não é causa de inflação, mas sim uma consequência dela.
As políticas de quantitative easing (ou afrouxamento monetário), que se popularizou no rastro das crises econômicas pelo mundo, fizeram com que o Banco Central passasse a “fabricar” dinheiro 100% digital e a injetá-lo no mercado, através da compra de títulos públicos e privados.
É um fenômeno semelhante à infinidade de papeis que passavam pelas impressoras e hoje se tornaram documentos totalmente digitalizados.
Por isso, já está mais do que provado: entender o que é o Bacen é fundamental para sua educação previdenciária e financeira.
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? Giro Semanal pela Conjuntura*
- As bolsas mundiais estão mistas nesta manhã, sem catalisadores para incentivar um movimento de compra nos mercados, enquanto investidores acompanham o aumento dos casos de coronavírus na Europa.
- Nos Estados Unidos, os investidores aguardam um alinhamento entre republicanos e democratas sobre o tamanho do novo pacote de auxílio à economia. Além disso, as perspectivas de uma vacina para a Covid-19 não estão claras. Neste mês, a Amazon, a Microsoft, o Facebook e a Apple tiveram quedas de pelo menos 10% nos preços das suas ações.
- Na Ásia, os mercados fecharam no positivo, liderados pela China, onde o Shangai SE subiu 2,07%. No Japão, o Nikkei 225 fechou em alta de 0,18%, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,47%. O índice Kospi, da Coreia do Sul, fechou em alta de 0,26%.
- O mercado de minério de ferro mostra recuperação, com alta de 1,58% nos futuros negociados na bolsa de Dalian, a 803.000 iuanes..
*Em conjunto com dados e informações do nosso parceiro Infomoney
Antes dos dados de desempenho do mercado, temos um convite: quer acompanhar o Giro Semanal por uma perspectiva diferente – e em vídeo?
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Agora veja o desempenho dos mercados hoje às 6h59, pelo horário de Brasília:
Nova York
* S&P 500 Futuro (EUA), -0,01%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,33%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,54%
Europa
*Dax (Alemanha), +0,20%
*FTSE 100 (Reino Unido), -0,41%
*CAC 40 (França), -0,48%
*FTSE MIB (Itália), +0,08%
Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +0,18% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,47% (fechado)
*Shanghai SE (China), +2,07% (fechado)
Petróleo e Bitcoin
*Petróleo WTI, +0,17%, a US$ 41,04 o barril
*Petróleo Brent,+0,23%, a US$ 43,40 o barril
*Bitcoin, US$ 10.960,34 +0,73%…
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Bom final de semana e até o próximo Resumo Semanal.