Como funciona a rentabilidade da previdência privada?
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Como funciona a rentabilidade da previdência privada?

Contratar um plano de previdência privada é uma estratégia muito bem-vinda para garantir um futuro mais tranquilo. Além de complementar a aposentadoria social, os planos complementares funcionam como um investimento, gerando diferentes retornos financeiros. Por isso, é importante ter atenção à rentabilidade da previdência privada.

Em geral, ela varia basicamente conforme 3 fatores: o aporte financeiro, afinal, cada investidor pode colocar o valor que quiser em seus fundos de previdência, e isso impacta o retorno; o tipo de plano, que pode ser mais conservador ou mais arrojado; e, principalmente, as taxas e impostos cobrados.

Para entender melhor esses fatores e ter uma ideia do quando uma previdência privada rende, continue a leitura deste texto!

Como a previdência privada funciona? 

Em primeiro lugar, vamos esclarecer alguns conceitos básicos? Muita gente não sabe que a previdência privada   serve para complementar a previdência social (a aposentadoria recebida pelo Governo). Ela é uma excelente estratégia financeira para quem quer ter um futuro mais tranquilo e garantir mais segurança à família.

Além disso, ela também funciona como um tipo de investimento, afinal, ao contratar um plano e começar a contribuir com o fundo de previdência, haverá uma incidência de juros que, depois, impactará o valor do resgate da previdência. E, muitas vezes, trata-se de um investimento mais interessante financeiramente do que a poupança tradicional.

Veja só alguns pontos importantes sobre a previdência privada:

  • contribuições variadas — você deve fazer contribuições regulares para a previdência privada, que podem ser mensais, trimestrais ou anuais, a depender do plano contratado. O valor também pode ser escolhido pelo investidor, dependendo de sua capacidade financeira;
  • planos de acumulação — as contribuições dos participantes são investidas em diferentes instrumentos financeiros, como ações, títulos, fundos de investimento, entre outros. O objetivo é proporcionar o rendimento das aplicações ao longo do tempo;
  • resgate — quando você atinge a idade de aposentadoria ou cumpre outros requisitos específicos do plano, você pode resgatar os benefícios acumulados, resgatando-os em forma de uma renda mensal ou resgate único;
  • rentabilidade — a rentabilidade dos investimentos é uma parte fundamental da previdência privada. O retorno sobre os investimentos pode variar de acordo com o desempenho do mercado financeiro, mas, sobretudo, das escolhas de investimento feitas pelo participante. Por isso é tão importante conhecer os fatores de rentabilidade da previdência privada.

Como dá para ver, os beneficiários da previdência privada têm bastante flexibilidade em termos de escolha, resgates parciais e outras opções que podem variar conforme o contrato do plano.

O que são fundos de investimento em previdência? 

Os fundos de investimento em previdência são veículos de investimento usados para acumular e gerenciar os recursos para a aposentadoria. As contribuições dos contratantes são alocadas na forma de ativos financeiros, geridos por instituições como bancos e seguradoras. Então, basicamente os fundos são o lugar para onde o seu dinheiro vai até o resgate.

Esses produtos financeiros têm um funcionamento bastante similar aos de fundos de investimento gerais (que são fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários) e ficam sob a responsabilidade da Superintendência de Seguros Privados (Susep), sistema que garante a prevenção a fraudes no mercado da previdência privada.

Na hora de escolher seu plano, você pode comparar diferentes fundos e escolher aquele que parece mais atrativo para o seu caso. Essa é uma questão estratégica no seu planejamento previdenciário, pois cada produto financeiro tem características diferentes, como valor inicial mínimo, programação dos aportes mensais, período para resgate e tipo de tributação.

Também é preciso considerar o seu perfil de investimento: existem fundos mais conservadores e mais arrojados. Por exemplo, é melhor escolher fundos de renda fixa se você não quer ver o valor das suas contribuições flutuando muito, mesmo com maior possibilidade de retorno no longo prazo.

Qual é a rentabilidade da previdência privada? 

Agora que você conhece melhor esse tipo de investimento, já deve ter percebido que a rentabilidade da previdência privada depende de muitos fatores, não é? São eles:

  • o tipo de fundo de investimento escolhido, pois cada um tem um funcionamento diferente;
  • o montante contribuído ao longo dos anos, já que, logicamente, aportes maiores vão gerar retornos mais altos;
  • as taxas e os impostos que incidirão sobre o fundo ao longo do tempo.

Esse último ponto é bastante significativo na hora de calcular a rentabilidade da previdência privada. As taxas são, basicamente, os valores cobrados ao longo do tempo pela administração do seu investimento, e variam em cada instituição financeira (embora, normalmente, sejam semelhantes, ficando entre 1,5% a 2% a.a.)

Já a cobrança dos impostos depende do regime de tributação escolhido: o regressivo ou o progressivo. Entenda um pouco melhor!

Tabela regressiva 

Na tabela regressiva, a alíquota do Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos decresce com o tempo de permanência do investimento. Quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido, menor será a alíquota de imposto sobre os rendimentos. Veja como é a alíquota a depender do período acumulado para resgate:

  • até 2 anos — 35%;
  • de 2 a 4 anos — 30%;
  • de 4 a 6 anos — 25%;
  • de 6 a 8 anos — 20%;
  • de 8 a 10 anos — 15%;
  • acima de 10 anos — 10%.

Para investidores com horizonte de longo prazo, a tabela regressiva tende a ser mais vantajosa. É mais simples do que parece: como as alíquotas tendem a diminuir ao longo do tempo, quanto mais você demorar a resgatar seus benefícios, menos pagará de impostos e, portanto, seu valor de retorno será maior.

Tabela progressiva 

Na tabela progressiva, as alíquotas aumentam à medida que os rendimentos também aumentam. Essa tabela é a mesma aplicada para recolhimento de IR nos salários e outros rendimentos tributáveis de milhões de brasileiro.

Então, o parâmetro não é mais o período acumulado, mas sim a base de cálculo (o valor resgatado). Veja os valores da alíquota em relação ao resgate mensal, nos valores vigentes:

  • resgate até R$ 2.259,20 (mensal) — isenção de IR;
  • resgate de R$ 2.259,21 até  R$ 2.826,65 — 7,5% (dedução de R$ 169,44);
  • resgate de R$ 2.826,66  até R$ 3.751,05 — 15% (dedução de R$ 381,44);
  • resgate de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 — 22,5% (dedução de R$ 662,77);
  • resgate acima de R$ 4.664,68 — 27,5% (dedução de R$ 896,00).
  • Rendimentos previdenciários isentos para maiores de 65 anos: R$ 1.903,98
  • Dedução mensal por dependente: R$ 189,59
  • Limite mensal de desconto simplificado: R$ 564,80

Se, no seu orçamento pessoal, você pretende ter uma renda regular durante a aposentadoria e o valor a ser resgatado não é muito alto, a tabela progressiva é a mais adequada. Já para quem quer fazer um resgate único, a incidência de impostos pode ser bastante expressiva no regime progressivo, pois a base de cálculo será alta.

Como você viu, a rentabilidade da previdência privada depende de muitos fatores, sendo que há diversos planos justamente para atender a cada tipo de perfil e objetivo. Todos eles têm em comum o fato de contribuírem com uma aposentadoria mais tranquila e segura.

Então, que tal conhecer os planos de previdência privada ideais para a sua família? É fácil: entre em contato conosco e tire suas dúvidas!