Entenda o Índice Nacional Preços ao Consumidor e seus impactos!
Se você pesquisa e lê sobre investimentos, já deve ter ouvido falar sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), um dos mais impactantes índices para os rendimentos de investimentos e para a rotina dos brasileiros.
Esse indexador é fundamental para qualquer pessoa que deseja entender mais de economia e se aprofundar no mercado financeiro. Se esse é o seu objetivo, acompanhe a leitura deste artigo.
A seguir, explicamos em mais detalhes o que é o INPC, como calculá-lo, quais são os seus impactos nos investimentos, os reflexos na rotina das pessoas e a importância dos índices em geral. Boa leitura!
O que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor?
O INPC foi criado em 1979, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o objetivo de proteger o poder de compra dos cidadãos brasileiros, sendo o indicador mais usado para fazer reajustes de salários e corrigir valores.
Esse indexador é definido a partir da variação de preços de serviços e produtos básicos, como alimentos, gás de cozinha e transporte público. Além disso, a pesquisa leva em consideração o consumo das famílias com renda mensal de até 5 salários mínimos, cujo líder familiar seja assalariado e que residam nos grandes centros urbanos. Essa população corresponde a pelo menos 50% das famílias brasileiras.
Como ele é calculado?
Entre o primeiro e o último dia de cada mês, o Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) coleta dados sobre estabelecimentos comerciais, prestadoras de serviços privadas, concessionárias e outros negócios que oferecerem produtos e serviços à população brasileira.
Em razão da extensão territorial do país, a pesquisa considera apenas algumas capitais. Veja quais são elas e seus respectivos pesos:
● São Paulo: 24,24%;
● Salvador: 10,67%;
● Belo Horizonte: 10,60%;
● Rio de Janeiro: 9,51%;
● Porto Alegre: 4,38%;
● Curitiba: 7,29%;
● Recife: 7,17%;
● Belém: 7,03%;
● Fortaleza: 6,61%;
● Goiânia: 4,15%;
● Brasília: 1,88%;
● Vitória: 1,83%;
● Campo Grande: 1,64%.
Quanto aos produtos e serviços, são considerados nove grupos no cálculo:
● alimentação e bebida: 31,42%;
● itens de residência: 17,53%;
● comunicação: 15,49%;
● despesa pessoal: 9,70%;
● educação: 7,38%;
● habitação: 7,22%;
● saúde e cuidado pessoal: 5,00%;
● transportes: 3,26%;
● vestuários: 2,95%.
Quais são os impactos sobre os investimentos?
Os valores dos investimentos normalmente são atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que tem como centro o consumo de famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Entretanto, o INPC traduz de maneira mais precisa o impacto da inflação nas faixas de rendas mais populares. Consequentemente, são visualizados os impactos nos rendimentos de aplicações financeiras. Se o INPC estiver alto, por exemplo, a economia está com inflação alta, o que pode significar redução do crédito e elevação da taxa Selic.
Há influências na rotina das pessoas?
De forma geral, o INPC é utilizado pelo governo para atualizar o salário mínimo, e pelas empresas para negociar reajustes salariais. Mas esse indexador também pode ser utilizado para correções de valores de aluguel (caso não seja utilizado o IGPM).
Outras situações que permitem o uso do INPC são: reajuste de benefícios previdenciários (como aposentadorias e pensões) e análise do governo sobre o cumprimento das suas metas inflacionárias.
Além do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), há outros indexadores que precisam ser acompanhados por qualquer investidor, como o IPCA, IGP-M e o ICV. Ao fazer essa verificação, é possível saber se os rendimentos estão superando a inflação ou não.
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