Investimento para fundo de emergência: saiba como fazer o seu
Ter um investimento para fundo de emergência é uma prática fundamental que, infelizmente, não faz parte da vida da grande maioria dos brasileiros. Contudo, ela é indispensável por ser capaz de assegurar uma pessoa de qualquer imprevisto, sem tirar o seu controle financeiro, ou muito menos, precisar fazer um empréstimo e cair em dívidas.
É muito comum as pessoas pensarem que estão livres de eventualidades, como um desemprego, redução de salário, ou até mesmo de uma doença. Mas o fato é que todos estamos sujeitos a qualquer situação, prova disso são as crises econômicas que afetaram inúmeras famílias em 2008, 2015 e 2020 com a pandemia do novo coronavírus, por exemplo.
Quem não está preparado com um investimento para fundo de emergência, nessas circunstâncias, passa por mais dificuldades e demora mais para se recuperar. Por isso, acompanhe, neste artigo, as informações que selecionamos sobre esse tipo de emergência. Aproveite a leitura!
O que é um investimento para fundo de emergência?
Fundo ou reserva de emergência é um dinheiro com uma quantia, mínima e máxima, destinada para usar em situações imprevistas. Geralmente, é indicado fazer um investimento para fundo de emergência considerando cobrir o seu custo de vida por seis a 12 meses.
No entanto, como o próprio nome diz: fundo de emergência é para usar somente em situações nas quais não há alternativa senão resgatar o investimento (ou parte dele). Por isso, não vale usá-lo para viagens, compras de bens de consumo, trocar de carro sem necessidade etc.
Esse fundo pode ser usado para pagar despesas que não estavam planejadas no orçamento, como médico, reparos inesperados em casa ou no veículo, falta de emprego e outras circunstâncias emergenciais.
Como fazer um investimento para fundo de emergência?
Inicialmente, pode parecer uma meta inalcançável fazer um investimento para fundo de emergência, principalmente para pessoas sem educação financeira, sem nenhum dinheiro sobrando, ou ainda mais, com dívidas.
A boa notícia é que é possível fazer a sua reserva, independentemente da sua idade ou do seu “relacionamento” com o dinheiro. Veja a seguir algumas técnicas para atingir o valor ideal gradualmente e ter mais tranquilidade financeira.
Faça um planejamento
O primeiro passo é fazer um planejamento que considere suas fontes de renda e suas despesas. Coloque em uma planilha todos os rendimentos previstos para os próximos 12 meses, como salário, renda extra, benefícios, retiradas de alimentação, saúde, transporte, educação, casa, lazer, entre outros.
A ideia é visualizar o seu orçamento e, a partir disso, conseguir estimar um valor para o fundo de emergência, como veremos no próximo tópico.
Estime um valor para o fundo de emergência
Agora é hora de definir uma meta! Defina o valor e o prazo para construir o fundo. Isso vai depender da sua estrutura financeira e considerar o nível de estabilidade do seu emprego. Geralmente, a reserva de emergência deve cobrir no mínimo seis meses de gastos e considerar possíveis reajustes.
Por exemplo, se uma pessoa precisa fazer uma reserva de R$ 6.000,00, ela pode colocar o prazo de 12 meses e reservar R$ 500,00 por mês. O objetivo desse fundo de emergência é usar com imprevistos para casa e veículo.
Considere a sua renda e poupe mensalmente
Não precisa comprometer o seu orçamento atual para fazer a sua reserva de emergência, mas considere o fundo como um boleto a ser pago mensalmente para você mesmo. Caso não pague uma parcela, as próprias situações da vida vão cobrar você disso.
Imagine perder um emprego e demorar para conseguir outro. O valor do seguro-desemprego, geralmente, não é o suficiente para cobrir os gastos da família. Por isso o fundo poderia ajudar, mas, se você não o tiver, vai passar dificuldades.
Nesse sentido, determine um valor que caiba no seu orçamento e seja fiel em pagá-lo.
Calcule as suas despesas mensais
Quando o assunto é investimento em fundo de emergência, as pessoas sempre têm um argumento para não conseguir fazer a reserva. Por isso, mude a forma de trabalhar com o seu dinheiro e calcule as suas despesas mensais. Inclusive, fuja dos cálculos mentais, pois eles aumentam a chance de erros.
Veja todas as saídas do seu dinheiro e analise o que você pode cortar de gastos desnecessários. Por exemplo, reduzir o pacote do plano de celular, cancelar a TV a cabo etc. Essas reduções ou cortes, inicialmente, podem ser dolorosos de fazer, mas veja que é por um tempo, até você se organizar e estruturar. Abuse de aplicativos de celular para organizar suas finanças (Clique aqui e veja alguns exemplos que recomendamos)
Defina prioridades
A definição das prioridades pode ajudar muito na sua organização e no alcance da sua meta de investimento na reserva de emergência. Nesse sentido, liste as suas prioridades em ordem de relevância e o que deve ser feito para alcançá-las.
Se você precisa montar a sua reserva e tratar isso como prioridade, mude alguns hábitos que sabotam chegar no objetivo, como trocar o cinema e o jantar fora, por Netflix e refeições em casa. (Leia nosso post sobre os hábitos financeiros adotados por pessoas de sucesso)
Realize investimentos
Os investimentos são uma ótima maneira de ajudar na construção do seu fundo de emergência. Afinal, existem vários tipos de investimentos indicados para esse objetivo, comumente, eles rendem mais que a poupança e têm alta liquidez — significa, que você pode reaver total ou parcialmente o seu dinheiro em 24 horas, o que é ideal para situações emergenciais.
Além disso, como eles têm rendimentos diários ou mensais, podem ajudar a atingir o valor da reserva em menos tempo e reduzir parte do seu esforço. Porém, não significa que você pode deixar de aplicar mensalmente, hein!
Veja alguns investimentos seguros indicados para fundo de emergência:
● Tesouro Selic;
● CDB com liquidez diária;
● LCI e LCA com liquidez diária;
● fundos de renda fixa;
● fundos DI.
Ter um investimento para fundo de emergência, como vimos até aqui, pode significar segurança financeira e mais estruturação. Afinal, os imprevistos podem chegar para todas as pessoas, e a falta de uma reserva pode resultar em mais dívidas ou na necessidade de recorrer a empréstimos fáceis com juros altíssimos. Consequentemente, isso desestabiliza o seu orçamento familiar por meses ou anos.
Pode demorar um pouco, mas vale a pena investir no fundo de emergência. Se você se interessou pelo tema, aprenda agora sobre a carteira de investimentos e como ela funciona.