Entenda como funciona o imposto de renda sobre previdência privada
4 mins read

Entenda como funciona o imposto de renda sobre previdência privada

O imposto de renda sobre previdência privada exerce um peso considerável sobre o valor a ser resgatado ou pago mensalmente, dependendo do tipo de plano. Sendo assim, antes de investir, é fundamental conhecer bem as alíquotas, o momento em que elas são praticadas e em quais circunstâncias o resgate é ou não dedutível.

Dessa forma, você não só evita descontos imprevistos como garante um rendimento muito maior para um investimento que, em geral, é para a vida toda. Vamos saber mais, então? 

Como funciona a previdência privada?

A previdência privada é composta pelas instituições financeiras particulares que, entre os serviços prestados, oferecem essa modalidade de aplicação. Normalmente, ela é voltada para pessoas que desejam se aposentar com um rendimento extra ou mantendo o padrão de vida do período ativo.

Já que é um investimento a longo prazo, é preciso ter atenção à mordida do leão que, no caso dos planos de previdência, pode consumir ¼ dos rendimentos ou mais. Tudo vai depender do escalonamento da tributação que pode ser regressiva ou progressiva e do tipo de plano escolhido. Veja na sequência o que isso significa. 

Quando é cobrado o IR?

O imposto de renda sobre previdência privada tem quatro tipos de critérios para ser cobrado. O primeiro diz respeito ao tipo de plano, que pode ser PGBL, no qual o imposto incide sobre o total resgatado. Já nos do tipo VGBL, a tributação ocorre apenas em cima dos rendimentos. 

Em ambos os casos, o imposto só incide no momento do resgate. Ou seja, não há a chamada tributação “come cotas”, que acontece a cada seis meses e afeta fundos de investimentos em geral.

Quais são as tabelas de tributação? 

Os outros dois critérios de tributação são as tabelas progressiva e regressiva, nas quais o imposto ou aumenta ou diminui suas alíquotas conforme os fundos aumentam. 

Na tabela progressiva, além dos 15% cobrados no momento do resgate do plano, vale a tabela abaixo:

Base de Cálculo Mensal       Alíquota         Parcela a Deduzir do IRPF

Até R$2.259,20              –                         –

De R$2.259,20 até R$2.826,65   7,5%                 R$169,44

De R$2.826,66 até R$3.751,05   15,0%                R$381,44

De R$3.751,06 até R$4.664,68   22,5%                R$662,77

Acima de R$4.664,68         27,5                 R$896,00

Por sua vez, na tabela regressiva, as alíquotas são maiores no começo, diminuindo conforme o tempo em que o plano permanecer ativo. Cabe frisar que, se o titular do plano vier a falecer, seus beneficiários serão tributados em 25% nos primeiros seis anos. Depois desse período, passam a valer as alíquotas conforme a tabela:

Base de Cálculo   Alíquota

Até 2 anos           35%

De 2 a 4 anos           30%

De 4 a 6 anos        25%

De 6 a 8 anos           20%

De 8 a 10 anos     15%

Acima de 10 anos     10%

Como escolher o melhor tipo de tributação? 

A partir das características de cada plano e das regras sobre tributação, a escolha deverá ser orientada, primeiro, pelo impacto esperado na hora do resgate. Por isso, a tabela progressiva é mais indicada para quem pretende ter uma renda mensal e não resgatar o montante de uma só vez. Lembrando de que essa opção é vantajosa para quem só tiver no plano sua única fonte de rendimentos.

Por sua vez, a tabela regressiva é interessante para quem optar por resgatar o plano em prazos definidos — entre 15 e 50 anos, por exemplo. Nesse caso, vale atentar para a regra Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS), mais vantajosa que o Prazo Médio Ponderado (PMP).

Então, ficou claro para você como funciona o imposto de renda sobre previdência privada? Lembre-se de que é o seu futuro que está em jogo, então, vale sempre um planejamento detalhado antes de investir.

Aproveite e veja aqui, no blog da AnaBBPrev, como declarar investimentos no imposto de renda!