Investimentos: descubra como se proteger da inflação!

É comum que ao ouvir falar da palavra inflação muitas pessoas fiquem preocupadas, com medo de ter sua qualidade de vida duramente afetada e não conseguir mais manter o padrão de consumo com que estavam acostumadas. Essa preocupação não está totalmente equivocada, mas é possível pensar diferente.

Embora essa mudança econômica represente riscos para muitas pessoas, é importante entender que tem como se proteger da inflação. Não apenas isso, com base em educação financeira, é possível até mesmo ter bons rendimentos nesse cenário. Por isso elaboramos este artigo. Nele vamos explicar quais práticas adotar para tirar bom proveito da inflação. Acompanhe!

O que é inflação?

O primeiro passo para entender como se proteger da inflação é compreender o que ela é e como funciona. Nesse sentido, podemos entender que ela é um índice que representa o aumento dos preços de bens e serviços no país. Ou seja, quando uma determinada mercadoria fica mais cara, isso significa que houve inflação.

A maneira como a inflação é calculada varia de acordo com o peso que cada item representa no orçamento das famílias. Isso significa que não basta analisar apenas a variação de preço daquilo que é geralmente consumido pela sociedade, é necessário levar em conta a importância que cada produto tem no dia a dia das pessoas.

É necessário levar em consideração que existem diferentes tipos de inflação. Embora todos os estejam relacionados com uma alta nos preços, os motivos desse acontecimento podem variar. Para se proteger da inflação é necessário compreender esses diferentes motivos. Nesse sentido, os tipos de inflação são os seguintes:

Inflação de demanda

É o tipo de inflação que ocorre em função da procura por determinados produtos e serviços. Quanto maior for a demanda em relação à oferta, maior será a tendência de que os preços subam. Ou seja, quanto mais as pessoas buscam por determinado produto, maior tende a ser o seu preço.

Inflação de custo

Já a inflação de custo acontece quando a procura por determinado produto ou serviço permanece constante, mas os cursos para fazer a produção aumentam. Esse tipo de situação geralmente ocorre quando há um aumento no valor das matérias-primas, da mão de obra ou da taxa de juros, por exemplo.

Inflação inercial

Diferente das outras duas formas, a inflação inercial não está ligada à relação de oferta e demanda. Nesse caso, o aumento nos preços está atrelado à chamada memória inflacionaria, ou seja, os preços sobem levando em consideração as variações de preço do passado e somam o valor à expectativa com relação ao futuro. Ela está ligada ao histórico da economia do país e àquilo que os consumidores e produtores esperam que aconteça nos anos seguintes.

Como perceber a inflação?

Para compreender como se proteger da inflação, é necessário saber analisar os índices e dados que demonstram essa mudança na economia. Existem diversos indicadores, cada um estipulado com base em dados distintos da sociedade. Confira a seguir os principais indicadores de inflação do país.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é um dos principais indicadores da inflação no Brasil. Considerado o índice oficial, ele avalia a variação de preços dos principais bens e serviços que fazem parte da vida do brasileiro médio. Nesse sentido, ele leva em conta itens como habitação, serviços relacionados com a educação, transporte e saúde, produtos de higiene, além dos principais itens da cesta básica.

IPA

Por outro lado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) analisa as variações que ocorreram no mercado atacadista. Esse índice busca perceber os preços antes de chegarem até o varejo. Entre os diversos itens que são analisados, estão os produtos agropecuários e industriais, que representam uma parte relevante da economia nacional.

INCC

Já o Índice Nacional de Preços da Construção Civil (INCC) é um indicador utilizado para perceber as variações do setor imobiliários. O cálculo realizado leva em consideração os preços de produtos e serviços da construção civil. Assim como o setor agrícola e industrial, a construção civil representa uma parcela importante da economia nacional.

Como se proteger da inflação?

Depois de compreender o que é, como funciona e quais as maneiras de percebê-la, é importante saber como se proteger da inflação. Para isso, é necessário levar em conta que, mais do que evitar perder dinheiro com ela, é possível até mesmo ter bons rendimentos por conta dela. Acompanhe as dicas a seguir para entender como!

Controle suas economias

O primeiro passo para não ter problemas em momentos de inflação é ter hábitos que permitam o controle de suas finanças. Nesse sentido, é importante saber exatamente quanto você ganha e quanto tem de despesas (sejam elas fixas ou variáveis). Conhecer com clareza sua realidade econômica é essencial para não sofrer com as altas de preços.

Aprenda a poupar

Outro fator importante para evitar problemas com a inflação é saber como poupar seu dinheiro. Se, por um lado, é fundamental ter clareza com relação à sua situação financeira, por outro também é importante não gastar tudo o que você ganha. Nesse sentido, vale a pena criar o hábito de guardar mensalmente uma porcentagem de seus rendimentos e fazer uma reserva para emergências. Assim, caso aconteçam imprevistos, você evita o desamparo econômico.

Faça investimentos

Poupar e ter uma reserva de emergência é fundamental para quem quer entender como se proteger da inflação. Mas, além disso, você também pode ganhar com essa alta nos preços. Existem investimentos que permitem rendimentos acima da inflação. Isso significa que, além de proteger seu dinheiro, é possível fazer com que ele renda, superando a própria inflação. Algumas opções são:

• Tesouro IPCA: títulos do Tesouro, com alta segurança, cuja rentabilidade é baseada no índice oficial da inflação, o IPCA;
• CDB: certificados de Depósito Bancário que podem ter suas taxas de rentabilidade atreladas à índices como o IPCA;
• Debêntures: investimento de renda fixa que representam títulos de dívida emitidos por determinada empresa. Em geral, tendem a ter rendimentos prefixados com correção de IPCA;
• LCI e LCA: letras de crédito imobiliário e do agronegócio, respectivamente. São excelentes opções de renda fixa que podem ser indexados ao IPCA acrescidos de uma taxa fixa. Uma das vantagens desses investimentos é que são isentos de Imposto de Renda e têm garantida do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Como foi possível notar, saber como se proteger da inflação é fundamental para quem quer ter tranquilidade com relação às finanças, mesmo em períodos de alta de preços. Além de evitar a desvalorização de seu dinheiro, é possível aumentar seus rendimentos em função da inflação. Para isso, siga nossas dicas!

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