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Qual é o “novo normal” na previdência? | Resumo Semanal

? Conhecimento da Semana

Primeiro, é preciso dizer que a previdência social já projeta, há muitos anos, um “novo normal”: a necessidade de reformas sucessivas, cada vez mais profundas.

O valor médio das aposentadorias concedidas pelo INSS é de R$ 1.913,26 para homens e de R$ 1.433,99 para mulheres, de acordo com o Boletim Estatístico de Previdência Social.

E mesmo com esses valores, as reformas da previdência social feitas até agora – mesmo já incluindo a de 2019 – estão ainda longe de equacionar o problema que o sistema causa nas contas públicas.

Isso para não falar na frustração dos participantes, que sentem pagar caro por algo que receberão cada vez menos. Uma reforma mais estrutural precisará entrar na agenda em algum tempo, como já defende a atual equipe econômica.

E o que seria o novo normal para a previdência privada?

Primeiro, o aumento da responsabilidade, decorrente do encolhimento da previdência pública. Isso também já era um “novo normal” pré-pandemia. Mas tem um outro aspecto que ainda não se tornou normal entre os investidores.

E seria muito bom que se tornasse após essa pandemia, onde muitos sofreram por seus investimentos estarem mais expostos ao risco do que o seu perfil de investidor recomendava.

Uma grande gestora americana, a Fidelity Investments, realizou um estudo sobre um dos seus fundos de investimento, chamado Magellan. A rentabilidade anual média desse fundo foi de 29% entre 1977 e 1990. Isso em dólar! Espetacular, não? Nem tanto para a maioria, pois o investidor médio do fundo perdeu dinheiro.

Por que isso acontece?

Alguns gestores fazem esse tipo de análise aqui no Brasil e os resultados não são muito diferentes. Os fundos apresentam boa rentabilidade, mas os cotistas não conseguem aproveitar todo o retorno que o produto proporciona.

Isso se deve a um motivo simples e lamentável. Cotistas entram e saem dos fundos nos piores momentos, levados ora por excesso de medo, ora por excesso de ganância.

Um fundo de previdência fechado como o seu leva vantagem nesse aspecto. Ele carrega consigo uma filosofia e certos mecanismos de funcionamento que buscam inibir essas trocas que só trazem prejuízos ao investidor.

Nesse sentido, esperamos que uma postura mais serena e resiliente que já existe nos fundos de previdência, como uma espécie de “novo normal” antes mesmo da pandemia, se espalhe para os demais investimentos, depois das perdas significativas que vimos com essa crise. O investidor só tem a ganhar.

? Giro Semanal pela Conjuntura*

  • Escalada da tensão entre China e Estados Unidos derruba as Bolsas europeias e faz os futuros americanos operarem em queda. O temor do agravamento na relação entre as principais economias do mundo mitiga o otimismo causado pela reabertura da economia em diversos países.
  • Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, afirmou que irá fazer uma coletiva de imprensa “sobre a China”, o que levantou temores sobre medidas de retaliação.
  • Os futuros do Dow Jones caem 0,58% e os do S&P 500 registram variação negativa de 0,49%.
  • Esse acirramento e a possibilidade de uma segunda onda de contágio pelo coronavírus fazem analistas avaliar se o atual preço das ações em está em um patamar adequado a esse cenário.
  • A tensão comercial entre China e Estados Unidos vem subindo desde o início do ano, com a pandemia do coronavírus, e se agravou neste mês, após a China aprovar uma nova lei de segurança nacional para Hong Kong.
  • Na Europa pesou de forma positiva durante a semana a expectativa de estímulos econômicos para dar suporte à região quando se reinicia a retomada das atividades. Nesta sexta-feira, no entanto, o pregão é de perdas.

*Em conjunto com dados e informações do nosso parceiro Infomoney

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