Quais são as diferenças entre renda fixa e variável? Entenda aqui
É fundamental saber qual é a diferença entre renda fixa e variável antes de fazer um investimento, já que isso impactará diretamente nos tipos de investimentos que irá escolher e também em seus resultados financeiros. Fazer o investimento inadequado pode fazer com que você desperdice tempo, deixe de ganhar dinheiro ou até tenha prejuízos.
Por outro lado, a escolha certa garantirá que você alcance seus objetivos podendo expandir seu patrimônio e assegurar um futuro estável, tranquilo e mais seguro. Neste artigo, explicamos o que exatamente é renda fixa e variável, quais são as suas principais diferenças e, no fim, como saber qual é o mais adequado para o seu perfil. Confira!
O que é A renda fixa e a renda variável?
A renda fixa funciona como se fosse um empréstimo que você faz a alguma entidade — que pode ser banco, instituição financeira ou Governo, por exemplo. Após um determinado período de tempo, o dinheiro é devolvido com acréscimo de taxa e juros, conforme acordado previamente entre o investidor e a instituição.
Muitas pessoas associam esse tipo de investimento à poupança e Tesouro Direto, mas há outras alternativas e bem melhores disponíveis ao investidor.
Já a renda variável consiste na compra de ativos cujo valor pode sofrer oscilações não previstas no preço, ou seja, variações. O investidor tenta obter lucros com a valorização dos ativos, vendendo-os por um preço maior que o inicial. Alguns exemplos são ações, quotas, commodities (como moedas, ouro, soja, café, entre outros), imóveis e derivativos (contratos).
Quais são as principais diferenças entre esses tipos de renda?
As diferenças entre renda fixa e variável influenciam diretamente na forma que o dinheiro é recebido, no período de retorno e até mesmo na dedicação do investidor na gestão dos investimentos.
Prazo do rendimento
De forma geral, os investimentos de renda variável são de curto prazo — os retornos com a valorização dos ativos são em menor tempo. Também há operações de curtíssimo prazo, podendo ser diárias (day trading) ou até mesmo feitas em poucos minutos (scalping).
Quanto à renda fixa, o retorno financeiro normalmente é a longo prazo e pode levar vários anos. Existem fundos de renda fixa de curto prazo — seus títulos vencem em até 365 dias —, mas dificilmente os ganhos são relevantes como os de longo prazo, já que esses últimos aproveitam melhor dos juros compostos.
Risco de perda
Existe a possibilidade de risco negativo ao investir na renda variável, pois o investidor pode perder parte ou todo o dinheiro que foi investido. Tal risco pode ser reduzido se o indivíduo adquirir mais conhecimento e experiência no mercado financeiro.
Por isso, quem opta pela renda variável precisa dedicar várias horas por semana para se atualizar, fazer análises técnicas, analisar o comportamento do mercado, entre outros estudos.
A renda fixa é considerada de baixo risco e uma opção mais segura devido a baixa volatilidade e maior previsibilidade de retornos.
Previsibilidade dos ganhos
A volatilidade é uma das principais qualidades da renda variável, já que os investidores pretendem lucrar a partir da mudança dos valores dos ativos.
No caso da renda fixa, os rendimentos ou forma de calculá-los são previamente definidos no contrato firmado entre o investidor e a instituição ou empresa. Existem três formas de calcular a rentabilidade:
● pré-fixada: o retorno financeiro é calculado previamente, fazendo com que as partes saibam exatamente o montante que será retirado no final investimento;
● pós-fixada: os ganhos estão atrelados a um indexador, como INPC, IPCA, IGPM, Selic, entre outras;
● híbridas: uma parte da rentabilidade é corrigida a partir de uma taxa fixa, enquanto outra parte varia conforme um índice.
A previsibilidade também diz respeito ao prazo, ou seja, sabe-se a data que os recursos serão pagos. Por exemplo, ao optar por uma previdência privada, o investidor poderá escolher por receber todo o valor integralmente ou em várias parcelas mensais.
Liquidez diária
Existem vários investimentos tanto de renda variável como fixa que têm liquidez diária, o que significa que o dinheiro pode ser retirado qualquer dia. Mas essa é uma qualidade importante na renda variável, pois permite que o investidor retire seu dinheiro quando perceber que seu ativo está perdendo valor, por exemplo.
Quanto à renda fixa, dificilmente a liquidez diária será útil ao investidor, já que essa modalidade é direcionada para quem não deseja se preocupar com riscos e almeja ganhos seguros.
Como escolher o melhor tipo de renda para meu perfil?
Não há um tipo de investimento mais vantajoso que o outro em todos os aspectos. Para saber a escolha ideal, primeiro é necessário saber qual é o seu perfil de investidor, que pode ser:
● conservador: não está disposto a assumir riscos, deseja manter seu patrimônio ou ter ganhos satisfatórios;
● arrojado: esse deseja ter elevados ganhos financeiros e pretende arcar com amplos riscos;
● moderado: trata-se de um meio-termo entre os dois anteriores. O investidor quer ter ganhos acima da média, mas não pretende arriscar a maior parte do seu patrimônio.
No caso dos conservadores e moderadores, é importante que uma boa parte da carteira de investimentos seja composta de renda fixa. Para os arrojados, é interessante que a maior parte da carteira seja de investimentos de renda variável.
Também é preciso considerar os seus objetivos financeiros. Quem deseja arriscar para se enriquecer em um curto prazo, a renda variável é ideal. Porém as alternativas com ganhos fixos são mais atrativas para quem deseja conquistar estabilidade e independência financeira com maior segurança.
Perfil e objetivos não são as únicas análises que devem ser feitas. Os que optarem pela renda variável devem ter tempo disponível para estudar sobre o mercado financeiro, bem como ter um forte controle emocional, já que ele deve estar preparado para arcar com perdas repentinas para quem não estiver preparado, como o que aconteceu com algumas pessoas durante a crise do Coronavírus. Para quem escolher investimentos fixos, será necessário que o investidor faça um planejamento inicial para uma melhor previsão de retornos.
Outro fator relevante é conhecer o perfil dos profissionais que irão gerenciar os seus ativos. No caso de uma previdência privada, por exemplo, os recursos das entidades que oferecem investimentos fixos são gerenciados por profissionais experientes e capacitados. Eles são capazes de identificar oportunidades de mercado e assegurar os rendimentos de seus clientes até perante situações adversas, fazendo um equilíbrio entre os valores investidos em renda fixa e variável.
Fazer a escolha certa entre a renda fixa e variável é crucial para conquistar seus objetivos financeiros. Após a leitura desta publicação, você agora já conhece a diferença básica entre os dois tipos de investimento, sabe identificar a alternativa ideal para o seu perfil e aquela que atende melhor suas necessidades.
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