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Você, seus boletos e a sua inflação pessoal | Resumo Semanal

Caro Participante,

Imagine duas irmãs gêmeas, parecidas até no estilo de vida. Ocorre que, de uns 3 anos para cá, uma delas resolveu eliminar a carne do seu cardápio. E fez mais: convenceu o marido a eliminar também.

Com o forte aumento que os preços das proteínas de origem animal tiveram nos últimos tempos, o custo de vida teve dinâmicas diferentes para cada uma. Ou seja: supondo que os hábitos alimentares de ambas se mantiveram inalterados, a “inflação pessoal” da irmã vegetariana terá sido maior nos últimos meses.

Bem, se levarmos esse tipo de exemplo para outros aspectos das vidas de todos nós, veremos que a inflação do IPCA é apenas um indicador. O que importa, na verdade, é nossa inflação pessoal. Inclusive para saber se nossos investimentos e nossa previdência estão tendo uma rentabilidade positiva. Pois inflação tem a ver com hábitos de consumo e estilo de vida.

Então vamos desvendar agora essa história de inflação pessoal, porque entender como ela funciona é fundamental para sua educação financeira e previdenciária.

E mais: você vai saber que existe um site brasileiro muito confiável onde podemos ter uma ideia mais precisa de nossa inflação pessoal.

Boa leitura!

? Conhecimento da Semana

Nesse período de pandemia, “lives” e reuniões via Zoom, Teams ou Google Meet, aumentaram exponencialmente. Boas webcams viraram itens muito mais importantes. Antes da quarentena, já existia uma webcam no mercado que se destacava por sua qualidade e custo-benefício, produzida pela Logitech.

Há uns 2 anos, essa câmera podia ser facilmente comprada por cerca de R$ 300. Com o aumento do dólar e a explosão da procura recente, hoje essa mesma câmera chega a custar R$ 1.200.

Mas, assim como acontece com produtos que podem ser substituídos por similares, inclusive vindos do exterior, já apareceram concorrentes oferecendo câmeras com características similares, custando um quinto do valor da Logitech.

Mas…

E quando analisamos serviços que não podem ser substituídos facilmente por similares ou ser comprados no exterior?

Pense nas escolas particulares. Nos últimos anos, a média de reajustes tem ficado praticamente na casa de 2 dígitos anuais.

O ensino formal para crianças e adolescentes é muito regulado e não pode ser substituído (pelo menos por enquanto) por modalidades online ou híbridas mais acessíveis. As famílias normalmente colocam seus filhos em escolas próximas de casa, em áreas urbanas muito povoadas em que é difícil surgirem concorrentes diretos no curto prazo.

O que acontece? Pais e mães de famílias que possuem filhos em escolas assim apresentam uma inflação pessoal maior do que  pessoas que não possuem filhos.

O IPCA, por exemplo, baseia seu cálculo em um conjunto de bens e serviços consumidos por famílias com renda de até 40 salários mínimos. O peso de cada item na renda é calculado a partir de uma média.

Mas hábitos de consumo e estilos de vida mudam muito, ainda mais em um mercado com cada vez mais opções.

Para ajudar pessoas e famílias a entender e acompanhar melhor a dinâmica de seus índices particulares de inflação, a FGV criou um site com uma calculadora interessante.

Você fornece algumas informações sobre seus gastos recorrentes e a ferramenta te dá uma ideia bem mais próxima de sua inflação pessoal. O endereço é:

https://portal-da-inflacao-ibre.fgv.br/

A boa notícia é que um mercado mais competitivo provoca um efeito deflacionário em vários produtos e serviços, mesmo que eles não possam ser substituídos facilmente por similares estrangeiros.

As taxas de administração para gerir fundos de previdência caíram muito, na média, na última década. Hoje, você investidor de um Fundo de Pensão, está pagando muito menos pela gestão de sua reserva previdenciária do que pagava há alguns anos.

Logo, a inflação pessoal de quem resolveu abrir mão de um pouco de consumo para poder investir certamente foi menor! ?

Ficou com alguma dúvida sobre o conteúdo de hoje? Quer fazer um comentário? Escreva para nós: investimentos@mag.com.br.

? Giro Semanal pela Conjuntura*

  • Os principais indicadores do mercado acionário operavam em alta na manhã dessa sexta, refletindo resultados corporativos acima do esperado, principalmente das gigantes do setor de tecnologia. Na França, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) também vieram um pouco acima das expectativas e contribuíam para o bom humor.
  • O PIB da França afundou 13,8% no segundo trimestre em relação a igual período de 2019. Esse foi o maior tombo já registrado pela economia francesa, mas ainda assim melhor que os 15,3% esperados. Já o PIB da União Europeia caiu 15%.
  • Nos Estados Unidos, o Congresso americano ainda não chegou a um acordo sobre um plano de estímulo à economia americana, fortemente enfraquecida pela pandemia. O PIB do país apresentou retração de 32,9% no segundo trimestre.

*Em conjunto com dados e informações do nosso parceiro Infomoney

Antes dos dados de desempenho do mercado, temos um convite: quer acompanhar o Giro Semanal por uma perspectiva diferente – e em vídeo?

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