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É POSSÍVEL VIVER COM UM SALÁRIO MÍNIMO?

No país ideal, viver com um salário-mínimo seria perfeitamente possível. O valor seria suficiente, pelo menos em tese, para custear todas as despesas com moradia, alimentação, vestuário e lazer. Mas a realidade no Brasil é outra, sendo fundamental planejar o futuro para evitar dificuldades financeiras.

Criado no governo de Getúlio Vargas em 1936, pela Lei nº 185/36, o salário-mínimo serve até hoje como um índice de renda mínima a ser paga a um trabalhador de carteira assinada.

A maioria das aposentadorias pagas pelo INSS corresponde apenas a um salário-mínimo, montante que não é suficiente para assegurar um padrão de vida adequado. Por isso, antecipar-se é a melhor opção para quem quer ter uma renda superior no futuro.

Caso você esteja cogitando a possibilidade de viver apenas com o mínimo, talvez seja melhor rever os seus conceitos. Quer saber como se prevenir? Então, confira este post com as dicas que preparamos para você!

Quais as dificuldades de se viver com um salário-mínimo?

A partir de 1º de janeiro de 2021, o salário-mínimo brasileiro determinado pelo Governo Federal (MP n.º 919/20) foi fixado em R$ 1.100. Estima-se que esse montante será aumentado para R$ 1.177 em 2022, dependendo do valor estimado para o fechamento da inflação em 2021.

Embora a maioria dos Estados brasileiros siga o valor nacional, é possível que eles instituam os seus próprios mínimos regionais, que pode variar para cada categoria profissional.

O Paraná, hoje, é o estado com o maior salário-mínimo do Brasil, fixado em R$ 1.383,80, mas pode chegar a R$ 1.599,40 nas últimas categorias, conforme Jornal de Beltrão. Entretanto, ainda é um valor baixo em razão do custo de vida nesse estado, a inflação anual e o peso dos impostos.

Há pesquisas, inclusive, que evidenciam as limitações de se viver apenas com um salário, que não passa de uma referência. Em uma delas, fica provado que, embora em curva ascendente em seu poder de compra, um salário só compra pouco mais que duas cestas básicas por mês.

Qual é a importância de planejar o seu futuro financeiro?

Com um valor tão baixo, seria realmente muito difícil viver tendo como renda apenas o mínimo, mesmo nos estados em que ele é um pouco maior. Considere, nesse aspecto, que depois da aposentadoria, é possível que haja um aumento da demanda por medicamentos, tratamento médico ou mesmo por um plano de saúde.

Viver com um salário-mínimo representaria, portanto, uma vida de privações. Não seria possível ter mais conforto, viajar ou fazer outras atividades de lazer, ajudar parentes e até custear de gastos elementares, como alimentação, transporte, contas de água, gás, energia elétrica, entre outras.

Diante desses fatos, muitas pessoas continuam trabalhando depois da aposentadoria, o que não é o cenário ideal. Eles já trabalharam por muitos anos e, nessa fase da vida, deveriam trabalhar por opção (quem deseja) e não necessidade, bem como ter a liberdade de poder desacelerar o ritmo de trabalho.

Assim, é preciso planejar o futuro, para que no momento em que não seja mais possível trabalhar você tenha uma renda que garanta qualidade de vida e bem-estar, sem reduzir significativamente o seu padrão de costume.

Como se planejar para ter uma boa aposentadoria?

Para que você consiga se aposentar e receber mais que um salário-mínimo, neste tópico, trouxemos as melhores dicas. Inclusive, são sugestões que ajudam a ter uma boa educação financeira ao longo da vida, que certamente, vai refletir no seu futuro de aposentado.

Divida o dinheiro para cada objetivo

Umas das principais dificuldades das pessoas e que prejudica uma boa saúde financeira para conseguir viver com um salário-mínimo é separar a vontade e o desejo do que realmente é necessário e indispensável. O ideal é você entender quanto da sua renda é destinada para cada setor, por exemplo, alimentação, contas de água, luz e gás, transporte e remédios.

Ao ter a média dos valores, divida o dinheiro (pode ser em envelopes) para pagar as despesas e tentar sempre diminuir os custos, de forma que impacte menos possível no seu conforto. Muitas vezes, alguns gargalos fazem com que desperdiçamos dinheiro à toa, como deixar aparelhos domésticos ligados na tomada mesmo sem uso, gastando mais energia.

A divisão do dinheiro deve servir como um estímulo para que você não ultrapasse o seu orçamento. Quanto às compras de supermercado, pode-se dividir o valor por semana, para que as aquisições sejam feitas dentro da meta, evitando comprar produtos muito supérfluos. Caso encontre algo com preço bom e precise ultrapassar o valor semanal, deve-se descontar do orçamento da semana seguinte.

Faça lista de compras necessárias

Viver com um salário-mínimo não é nada fácil. Afinal, a família precisa ter muito controle para evitar dívidas e passar necessidades. Analise os produtos essenciais na compra para viver de acordo com a sua realidade, pois cada família é diferente, considerando que alguns tem filhos pequenos e outros maiores, o que muda a indispensabilidade de cada produto.

Em todo caso, funciona muito bem fazer as listas de compras, colocando por ordem do mais importante para o menos importante — seria os produtos que podem esperar um pouco para serem comprados. Depois, é hora de pesquisar em, pelo menos, três mercados os preços e adquirir os produtos mais em conta onde você encontrar. Acredite, no fim do mês você vai ter economizado bastante!

Pesquise antes de comprar

A pesquisa é uma das principais aliadas de todo consumidor e isso não vale apenas para produtos caros ou na hora do supermercado. Ao pesquisar, você vai encontrar o mesmo produto ou serviço por diferentes preços, além de entender se realmente vai ser um bom negócio para o seu bolso e se é o melhor momento de aquisição.

Por exemplo, consumir frutas fora de época é mais caro que comprar os alimentos da estação. Adquirir um ventilador na alta temporada do verão, provavelmente será mais caro que comprar em períodos mais frios, em que a procura é muito menor. Por isso, para que o seu dinheiro tenha mais poder de compra, invista em pesquisas e considere o melhor custo-benefício.

Tenha um padrão de vida adequado

Viver um padrão de vida que a sua renda não consegue fornecer pode fazer com que você se endivide e não consiga poupar. Para evitar esse problema, analise o nível de vida que você tem no presente momento e verifique se há gastos que podem ser minimizados ou eliminados, como:

  • bens que não são utilizados e podem ser vendidos;
  • planos desnecessariamente caros, como de internet, TV, celular, entre outras;
  • eletrodomésticos que podem trocados por outros que consomem menos energia;
  • compra de produtos de marcas muito caras, mas há alternativas mais baratas e de mesma qualidade;
  • compras supérfluas recorrentes, como lanches fora da hora, roupas que não serão usadas mais de uma vez etc.

Lembre-se de não eliminar completamente o lazer da sua vida — como saídas aos finais de semana —, mas também é necessário planejar os seus gastos nesses momentos para não desequilibrar as suas contas.

Poupe dinheiro

Ao seguir a nossa dica anterior, você conseguirá economizar uma parte do seu salário. Destine uma parcela dessa economia para uma reserva de emergência — que será usada em momentos críticos, como consertos ou despesas médicas — e outra parte para um investimento que gere uma renda enquanto você estiver aposentado.

Recomendamos também que uma terceira parte seja destinada para comemorações e momentos de lazer com a família, como uma boa viagem, festas de fim de ano, aniversários etc. Essas pequenas metas, tanto para precaver urgências quanto para descontrair, são maneiras de estimular o seu bolso a se manter disciplinado.

Faça investimentos inteligentes

Há investimentos que podem gerar riquezas mais rapidamente, mas também existe o risco de que o dinheiro seja perdido ou que o investidor tenha prejuízo. Esse perigo pode ser evitado ao fazer investimentos inteligentes, ou seja, buscando as alternativas que permitirão que você alcance seu objetivo: ter uma aposentadoria segura, financeiramente farta e tranquila.

Para isso, é importante que você estude sobre investimentos e encontre aquele com as seguintes qualidades:

  • renda fixa: você saiba quanto receberá no final do investimento;
  • baixíssimo risco: tenha um risco de prejuízo mínimo ou nulo;
  • flexível: permite que você faça aportes adequados para seu bolso;
  • fácil: não exige estudo constante e acompanhamento das mudanças no mercado financeiro;
  • longo prazo: seja direcionado para longo prazo (mais de 5, 10 ou 20 anos), o que gerará melhores rendimentos para o investidor.

Previdência privada: é uma solução possível?

Você deve considerar, ainda, que a Reforma da Previdência tornou os investimentos ainda mais importantes para quem deseja se aposentar, a mudança na lei dificultou a obtenção do benefício da aposentadoria. Ressalta-se que existirão outras reformas futuras conforme o tempo de sobrevida dos brasileiros aumenta, fazendo com que seja crucial fazer esse planejamento o mais cedo possível.

Essa conjuntura aponta para a necessidade de criar um plano de Previdência Privada. Essa é uma das melhores soluções para que você complemente sua renda na aposentadoria. A Previdência Privada Fechada é a alternativa que pode te dar os melhores retornos financeiros, isso porque são entidades sem fins lucrativos e têm uma única finalidade: aumentar o patrimônio de seus associados.

Esse tipo de plano de previdência está à disposição de todo brasileiro que tenha vinculação direta ou indireta a uma entidade ou empresa que tenha instituído um plano, como a ANABB ou o CRA-DF.

Para começar a investir, basta abrir uma conta, definir em contrato os valores e aplicar uma quantia mensal. No futuro, você terá uma reserva financeira que será uma renda extra, além do salário-mínimo a que tem direito.

Com esta leitura, percebe-se que viver com um salário-mínimo na aposentadoria não trará um padrão de vida satisfatório, entretanto, você pode superar esse problema ao investir na previdência privada, alternativa que é oferecida justamente para quem tem esse objetivo.

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