Pix, DOC e TED: entenda agora as diferenças entre eles

Provavelmente, você deve ter visto o termo Pix nas redes sociais e nos demais veículos. Normalmente associado a eficiência, praticidade e modernidade, esse novo meio de pagamento atrai a atenção de muitos usuários e também gera bastantes dúvidas em relação ao seu uso, seus custos e a forma como se difere dos outros meios de pagamento. Agora que há a trinca Pix, Doc e Ted, deve-se considerar quais são as suas semelhanças e diferenças para efetuar uma escolha mais adequada. 

Por ser um método recente, existem muitas dúvidas em relação ao funcionamento do Pix e se ele vai representar uma melhoria se comparado aos sistemas de pagamento já utilizados. Contudo, como escolher a melhor opção dentre esses meios de pagamento? Se você quer entender como funcionam esses diferentes tipos de transações, continue a leitura e confira!

O que é o Pix?

Essencialmente, o Pix é um meio de pagamento criado pelo Banco Central do Brasil, como os já existentes, e que se difere dos demais em alguns aspectos. A principal diferença é que ele tem um mecanismo de pagamento instantâneo.

O objetivo da sua criação é deixar as transações financeiras mais rápidas e práticas, por meio das chaves de acesso que são cadastradas nos respectivos bancos ou instituições financeiras com a qual um indivíduo tem vínculo.

Essas chaves podem ser informações simples de cada usuário, sendo possível usar o número de telefone, o endereço de e-mail ou até mesmo o CPF. Seu grande diferencial também está na flexibilidade de efetuar uma transação, pois, por meio desse sistema, é possível fazer operações em qualquer dia da semana e em qualquer horário. O sistema do Pix processa a transação em até 10 segundos para concluí-la.

Além de todas as vantagens, o Pix se mostrou seguro, já que foi testado e regulamentado pelo Banco Central. Seus pagamentos podem ser realizados via QR code, por meio de uma chave específica (CPF, telefone, e-mail) ou por aproximação, fazendo com que todas as informações de sua conta estejam seguras.

O que são DOC e TED? 

Essas duas formas de fazer transferências já existiam antes do Pix e têm algumas limitações quando comparadas a ele. O Documento de Ordem de Crédito — também conhecido como DOC — e a Transferência Eletrônica Disponível — TED — são bem similares entre eles.

Em ambas as transações, se faz necessário informar o CPF ou CNPJ de quem vai receber o dinheiro, os dados da agência, qual o número de conta bancária, qual o tipo de conta e, finalmente, qual o valor a ser transferido.

Contudo, esses dois tipos de transações se diferem em aspectos como o limite de valor da transferência e qual o tempo necessário para que ela seja concluída. As operações em DOC têm um limite de R$4.999,99, enquanto as em formato TED não têm limite de valor.

Em relação ao horário destinado para efetuar as transações, as TED podem ser feitas até as 17 horas de um dia útil e vão cair na conta de destino no mesmo dia, enquanto os DOCs são processados apenas no dia útil seguinte.

Qual a diferença entre Pix, Ted e Doc?

Alguns pontos são fundamentais para decidir qual alternativa é a mais adequada para seu planejamento financeiro e estar atento a eles vai evitar transtornos, erros de transferências e também custos desnecessários. 

Taxas 

Quando o assunto é taxas, o Pix já inicia com uma grande vantagem. Esse tipo de transação tem custo zero quando realizada entre pessoas físicas ou para microempreendedores individuais (MEI), enquanto para pessoa jurídica pode ocorrer cobrança tanto para quem paga quanto para quem recebe. Contudo, os valores de cobrança ainda não foram determinados pelo Banco Central do Brasil.

Já para as operações realizadas via TED ou DOC, o procedimento é o mesmo. Em transações entre mesmo banco não haverá cobranças, enquanto para transações entre instituições distintas, as taxas variam entre elas.

Período de funcionamento

O Pix pode ser feito em qualquer dia ou horário do ano, inclusive nos fins de semana e feriados. Assim, se existe necessidade de fazer um envio de recursos com maior urgência, sem dúvidas, essa é a melhor opção.

Enquanto isso, para as transferências feitas por meio de DOC ou TED, só existe a possibilidade de efetuar os pagamentos em dias úteis e enquanto durar o expediente bancário, o que normalmente ocorre das 7:30 da manhã até 17:00 da tarde.

Velocidade de transferência

Com relação ao prazo para o dinheiro cair na conta, quando se trata do Pix, leva cerca de dez segundos para que o valor esteja disponível. Quando se opta por fazer a operação por meio de um TED, o valor ficará disponível no mesmo dia caso seja efetuado durante o horário de expediente. Quando a opção de transferência escolhida é o DOC, deve-se esperar por um dia para que seja efetuado e mais de um para os pagamentos feitos após 10 horas da noite.

O PIX É SEGURO?

“O Pix conta com os mesmos protocolos de segurança do Sistema Financeiro Nacional que já usamos hoje, e que também servem para TEDs e DOCs”, explicou o BC em nota, acrescentando que as transações contam ainda com as camadas de segurança oferecidas pelas próprias instituições financeiras por meio dos celulares, como biometria, reconhecimento facial e outras

Como ficam os meios de pagamento no longo prazo?

O Pix surgiu para atender uma demanda por pagamentos mais rápidos, práticos e seguros. Nesse sentido, existe uma tendência mundial que indica a migração para esse sistema, em detrimento das formas tradicionais como o DOC ou o TED. Por meio da circular nº 4.027, o Banco Central torna público a criação do Sistema de Pagamentos Instantâneos, bem como dá origem à Conta de Pagamentos Instantâneos e, juntos, eles constituem o Pix.

Para muitos especialistas, esse é o meio de decretar o fim das plataformas de pagamento usuais, pois as vantagens em torno do Pix fazem com que os demais meios se tornem obsoletos no longo prazo. 

Assim, ao comparar as formas de pagamento Pix, Doc e Ted, fica fácil perceber quantas vantagens o Pix apresenta se comparado aos outros. Seja por conta de sua praticidade, seja por conta de seu baixo custo ou mesmo da simplicidade de usar esse mecanismo. Dado que o setor financeiro será um dos mais afetados por inovações tecnológicas, vale a pena buscar entender essas mudanças e se adaptar aos novos mecanismos.

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