8 mins read

Como elaborar uma planilha de gastos pessoais? Confira o passo a passo

Elaborar uma planilha de gastos pessoais com o detalhamento do seu orçamento doméstico é uma medida crucial para manter a saúde de suas finanças, sendo essa uma das primeiras etapas para conquistar a independência financeira.

Esse tipo de documento pode facilitar a sua organização financeira com a identificação de onde você poderá economizar e os valores que podem ser investidos para alcançar seus objetivos.

Mas você sabe como fazer essa planilha? A seguir, iremos trazer um passo a passo para fazê-lo, falamos da frequência que ela é atualizada e quais são os principais erros a serem evitados. Acompanhe!

Como deve ser feita a planilha de gastos pessoais?

Essa planilha pode ser elaborada de diferentes formas e se torna mais complexa quanto maiores forem seus gastos e suas fontes de renda. Mas este guia pode ser aplicado por indivíduos com variados perfis e objetivos:

1. Escolha a ferramenta adequada

Avalie e selecione bem a ferramenta que será utilizada para criar a planilha. É possível usar modelos prontos oferecidos por alguns portais, como o orçamento disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) ou pela Bolsa de Valores (B3).

Mas é possível criar sua própria planilha no Excel ou no Google Drive (que tem modo online e offline), bem como usar aplicativos desenvolvidos especialmente para isso. Não há uma opção mais vantajosa que a outra, e, dessa forma, você consegue escolher a que melhor atender suas necessidades. Veja nossa matéria onde listamos 5 aplicativos que vão te ajudar nesta importante tarefa (Clique e Leia)

2. Insira a data da despesa

A primeira etapa é inserir uma coluna para incluir a data do pagamento de uma despesa. Algumas delas já temos uma data de vencimento, ex: aluguel, conta de água e internet, algumas outras serão somente uma “provisão”, valor que você irá economizar naquele mês para pagar uma despesa anual mais à frente no ano (falaremos delas no próximo tópico)

3. Identifique suas despesas

Liste todas as suas despesas mensais a partir da segunda linha incluindo na primeira coluna a data do pagamento e na segunda coluna, o valor dela. Serão inclusos tanto os gastos essenciais como os considerados supérfluos, como:

●       Educação;

●       Prestação do carro;

●       Supermercado e alimentação;

●       Aluguel ou financiamento da casa;

●       Contas de luz, água, internet e telefone;

●       Lazer no final de semana; entre outros.

As despesas com as quais você arca somente uma vez ao ano devem ter seu valor dividido por 12, sendo cada parte anotada em um mês. Essa dica permite saber quanto é necessário poupar em cada mês para pagá-las no final do ano, é o que chamamos de provisão, uma pequena reserva para não passar muito sufoco no mês que a conta chegar.

Exemplos de tais despesas anuais são alguns tributos (IR, IPTU e IPVA), viagens de férias etc. Importante lembrar que na maioria dos casos, pagando-se a despesa à vista (ou seja, em 1 única parcela) é passível de desconto, fazendo sobrar um valor que poderá inteirar o de alguma outra despesa.

4. Mapeie seus gastos extraordinários

Caso perceba que há uma diferença muito grande entre o que você identificou de despesas fixas mensais e os valores extras que costumam consumir o saldo da sua conta bancária, pode ser sinal de que você não conhece tão bem assim suas despesas.

Nesse caso é importante realizar um mapeamento mais especifico para identificar para onde está indo essa diferença. O mapeamento consiste em anotar todas as suas despesas durante um mês. Inclua tudo o que você gastar inclusive aqueles que considera como pequenos valores, eles podem ser o vilão da história.

5. Compare os gastos totais com sua renda mensal

Na última linha, some todos os montantes para chegar à despesa total de cada mês. Coloque a soma de todos os seus ganhos próximo à somatória dos gastos.

Se o total de despesas é maior que o de receitas, você está arcando com perdas, não consegue economizar e pode acabar se endividando. Por outro lado, caso o resultado seja positivo, ainda é preciso analisar se o dinheiro extra está sendo bem utilizado com aplicação em algum investimento, como em uma previdência privada.

6. Analise os resultados

Faça um estudo geral sobre todas as informações da planilha buscando melhorar suas finanças. Exemplos de observações que podem ser feitas são:

●       Verificação de gastos supérfluos ou excessivos que podem ser eliminados, como lanches de meio de semana e fora do horário;

●       Troca de produtos de marcas caras para mais econômicas, mas que ainda sejam de qualidade;

●       Apuração de despesas que estão aumentando com o passar do tempo;

●       Identificação de dívidas que geram juros elevados;

●       Existência de compra de bens que nunca são utilizados;

●       Possibilidade de trocar planos de telefone ou internet para opções mais econômicas;

●       Viabilidade de negociar amortização de financiamentos — graças à queda da Selic.

7. Determine seus objetivos e metas

Nesta etapa, é preciso definir o que você pretende alcançar no que diz respeito às finanças. Um exemplo de objetivo é conquistar uma aposentadoria tranquila, saudável, segura e de qualidade. Escreva seu propósito logo no começo da planilha, assim você sempre será lembrado dele quando conferir o documento.

Recomendamos que use a metodologia 50-30-20, que funciona da seguinte forma: 50% da sua receita é destinado aos gastos fixos e essenciais, 30%, ao lazer ou a compras dispensáveis e, no fim, 20% será destinado a poupança e investimentos. Também é relevante estabelecer metas e segui-las com mais rigor.

Uma meta, por exemplo, pode ser reduzir as despesas gerais ou reservar um montante do mês para os investimentos.

Depois disso, elabore um bom plano de investimentos, que consiste em analisar o seu perfil de investidor (Veja qual perfil você se enquadra), definir prazos, estudar as opções de aplicações etc. No caso da aposentadoria de qualidade, uma das melhores alternativas de investimento é o Plano de Previdência Complementar (ou Privada).

Com que frequência a planilha é atualizada?

O indivíduo pode atualizar sua planilha na frequência que se encaixar melhor na sua rotina — uma vez a cada semana, quinzena ou mês. Esse acompanhamento mantém o documento sempre atualizado e permite verificar se as suas metas estão sendo atingidas.

Quais são os erros a serem evitados?

Existem alguns erros que podem comprometer suas finanças e atrapalhar o alcance de seus objetivos. Veja quais são os principais deles e como evitá-los:

●       Não ter ou deixar de seguir suas metas: elas são estabelecidas para evitar que suas finanças saiam do controle prejudicando o alcance de seus objetivos;

●       Não criar uma reserva de emergência: separe um montante especialmente para arcar com gastos extraordinários (como gastos médicos ou perda do emprego);

●       Usar cartão de crédito ou cheque especial como renda: usar esses meios como extensão do salário pode criar dívidas e sujar o seu nome;

●       Ter pressa para ter retorno: os seus objetivos devem ser de longo prazo, caso contrário você poderá ter problemas financeiros quando estiver perto da sua aposentadoria.

Ter uma planilha de gastos pessoais completa, real e atualizada é fundamental para fazer o planejamento de investimentos. Mas entenda que é fundamental investir constantemente na sua educação financeira para ter sucesso financeiro.

Quer saber mais sobre o assunto? Leia nosso artigo que explica se é melhor organizar suas finanças por meio uma planilha ou um aplicativo!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *