Afinal, previdência é um investimento? Esclareça as suas dúvidas!
A previdência privada pode ser definida como um método inteligente usado para acumular dinheiro ao longo dos anos, sem grandes riscos. Portanto, sim, a previdência é um investimento. A inteligência do método está no estímulo à disciplina do investidor, principalmente daquele que tem pouca experiência com aplicações e deseja construir, a longo prazo, um bom patrimônio para a sua aposentadoria.
Os planos de previdência são fáceis de serem contratados e podem, até mesmo, passar por portabilidade entre administradoras. Os rendimentos desse investimento, conforme o plano escolhido, se tornam mais interessantes diante da certeza de que, após dez anos, por exemplo, os impostos devidos serão menores em comparação com outros produtos financeiros.
Acompanhe as perguntas e respostas a seguir para entender o funcionamento da previdência privada e quando vale a pena investir!
Como funciona a previdência privada?
Existem dois tipos de planos de previdência privada: os abertos e os fechados. Os planos abertos (VGBL e PGBL, por exemplo) são oferecidos por instituições financeiras a todas as pessoas. Já a modalidade fechada de previdência é restrita aos associados de empresas, entidades ou associações. Podem obter o benefício por meio da companhia em que trabalham ou de uma associação que traz mais vantagens para seus associados.
Os planos de previdência privada são facultativos e funcionam sob o regime de capitalização, ou seja, os participantes fazem contribuições periódicas e o montante dessas contribuições é aplicado em um fundo de previdência, que investe os recursos arrecadados em ativos financeiros, como ações, títulos de renda fixa e principalmente em investimentos com menor risco, mas com maior rentabilidade.
Após alguns anos de investimento, a pessoa que aplica em previdência privada tem acesso, de uma única vez, ao patrimônio acumulado ou, se preferir, ela pode recebê-lo em partes, mês a mês, na forma de benefício que se assemelha a uma aposentadoria.
Qual a diferença em relação à previdência comum?
Apesar de ambas formarem o Sistema Previdenciário Nacional (SPN), a previdência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) difere da do setor privado em vários aspectos, e é importante conhecê-los. Destacamos aqui algumas diferenças para enfatizar o caráter de investimento da previdência privada.
Custeio da base de ex-contribuintes
No sistema público de previdência, os contribuintes ativos são responsáveis pelo volume financeiro necessário para remunerar os beneficiários inativos, que já pararam de contribuir com o fundo. O sistema privado, por sua vez, remunera os investidores de acordo com as contribuições e os rendimentos obtidos durante os anos de acumulação individual de cada um, não há mistura entre os recursos dos investidores, portanto você sabe exatamente quanto investiu e qual será o valor que irá receber.
Proteções do plano para o beneficiário
A previdência do INSS não se apresenta como um plano propriamente, pois funciona como uma espécie de seguro, ao proteger aposentados e trabalhadores ativos em situações de gravidez, vítimas de acidentes ou portadores de doenças graves.
Já os planos mais abrangentes de previdência do setor privado — além de cobrirem necessidades semelhantes às cobertas pela previdência social — também podem ser contratados visando, por exemplo, o custeio da faculdade dos filhos, dos netos ou mesmo uma renda extra temporária antes do período da aposentadoria.
Valor das aplicações
Exceto nos casos de pagamentos independentes, que utilizam carnês todo mês, os contribuintes da previdência pública não têm a opção de escolher nem o valor, nem o momento de realizar os aportes, visto que eles são feitos de forma automática, sendo debitados diretamente do salário.
No setor privado, além do valor, o beneficiário escolhe a periodicidade das suas contribuições ao fundo, podendo ser mensal, anual ou única dentro de um determinado tempo.
Quais os tipos de planos disponíveis?
Além dos planos abertos tradicionais — Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que se diferem essencialmente pelo modelo de tributação — vale a pena destacar os planos fechados de previdência complementar, porque são estratégicos a longo prazo e atualmente figuram entre as melhores opções disponíveis no mercado de investimentos de baixo risco.
Estamos falando, por exemplo, dos planos com contribuição definida, também conhecidos como CD, em que os benefícios são calculados levando em conta tanto os resultados dos investimentos no fundo de pensão, quanto o valor mensal das contribuições realizadas.
Nesse tipo, o valor da arrecadação é acordado durante a contratação do plano, e o benefício a ser recebido na aposentadoria é estimado com base em fatores como quantia financeira acumulada ao longo dos anos, tempo de investimento e rentabilidade mensal alcançada.
Após tornar-se elegível à aposentadoria, no plano CD o beneficiário escolhe como quer receber o montante acumulado durante décadas: receber o benefício em 5 ou em 10 anos; receber apenas um percentual do saldo acumulado, exemplo: 1,00% do saldo; entre outras.
Quais as vantagens e principais diferenças de outros tipos de investimento?
Mesmo em linhas gerais, para ficar por dentro das vantagens e diferenças de outros tipos de investimento em relação à previdência privada, é preciso observar de perto pelo menos as principais.
Tesouro Direto
Esse também é um investimento simples e seguro, uma vez que está vinculado ao Governo Federal. No entanto, apesar de remunerar sempre acima da inflação em planos como Tesouro IPCA+, ainda assim, a rentabilidade é limitada em comparação com a previdência privada, porque os recursos são investidos somente em títulos do Tesouro. Já nos planos de previdência privada, o patrimônio rende conforme o desempenho de aplicações mais arrojadas, tanto em renda fixa como variável.
Seguro de vida
Outra opção bastante usada entre os brasileiros para emprego das finanças com vistas ao futuro é o seguro de vida, que é, inclusive, isento de IR. Entre outras características, ele difere da previdência privada no período de desfrute do patrimônio acumulado. Por definição, na previdência o capital é resgatado em vida; no seguro de vida o beneficiário é sempre o dependente do segurado falecido — exceto nos casos de cobertura contra invalidez temporária ou permanente.
Fundos de investimento
Já os fundos de investimento (imobiliários, multimercado, cambiais, de ações etc.) são opções bastante tradicionais no mercado de aplicações, embora tenham um funcionamento mais complexo que o da previdência privada.
A liquidez dos fundos é maior que a da previdência e, por isso, o capital pode ser resgatado corrigido em menor tempo. Contudo, além de impostos, também é cobrada das aplicações em fundos de investimentos a taxa de administração, que pode, até mesmo, tornar o investimento inviável financeiramente.
A respeito da previdência privada vale destacar ainda que, por necessidade ou decisão, caso a aplicação periódica seja suspensa por um momento pelo titular e retomada lá na frente, os rendimentos da carteira não cessam durante o período de pausa. Em caso de falecimento do titular antes do fim do plano, o patrimônio acumulado é transmitido aos herdeiros sem muitas burocracias.
Quando a previdência é um investimento bom para você?
A melhor alternativa de investimento é sempre aquela que complementa nossos objetivos de vida. Portanto, se você entrou na fase adulta há mais ou menos uma década, já está constituindo família e deseja, dentro de aproximadamente vinte anos, gozar de tranquilidade financeira para desfrutar muito bem a melhor fase da vida, a previdência é um investimento excelente para você.
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